29.12.07

Nascimento de uma dor

No verso, faço prosa

Vista grossa ao compasso

E não é essa a nossa bossa?

Bosta de cabeça pensante

Verbo desgovernado

Destronado da velha razão

Cantoria em tempo espremido. Bom.

Desespero de voz

Que escapa, foge

Melodia nascendo

Na fusão das cordas

No momento em que tocas

As do teu instrumento

Como se fossem as da minha garganta.

Encanto findado

Olhos preenchidos

Deixam no tempo

O fruto de um amor criativo.

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