14.2.08

Farsas


Malditas sejam essas carapaças apaixonáveis que todos almejam.

Pro inferno as roupinhas descoladas e os corpos esculturais.

O conhecimento “pró-status”, a informação gratuita, sem paixão.

Farsa! São todos farsantes.

E quanto tempo se perde amando as maiores farsas...

As pessoas reais somente existem na interação.

Um abraço, um toque, um tapa.

É a vida o que importa, ninguém me prova o contrário.

Pro inferno essas inertes embalagens descartáveis!

Imunda


Sarjeta. Sujeitei-me ao que me foi sugerido: esquecimento.

Sujei o corpo e os pensamentos, sorvendo toda a imundice daquela dor.

Tomada pelos odores mais fétidos, abdiquei de qualquer possível delicadeza. Tal palavra, atualmente, causa-me náuseas.

Deleite agora é lixo.

E de tão podre que estou, já não sinto mais nada.