o meu pomar de potes
conserva infâncias melodramáticas
e mentirosa doçura
de tempos em que novelas eram temas das dores
e os amores tinham gosto de suco de guaraná
...e a intensidade de gritos em praia deserta
no inverno
entre memórias conservadas
e ilusões perdidas
tento encontrar os resquícios
daquele néctar
de um viscoso acreditar
que deixei como rastro
e que, talvez
já não volte a expelir
o tempo mora nos meus frutos
no entanto, tenho vivido de conservas
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