13.12.08

Janelas Quebradas

Sinapse etílica. Eu, tu, sexo dos paradoxos.  
Devaneios sob a consciência de um céu embaçado.
Como a coceira da garganta, o prazer urge mandando mensagens de alerta.
E eu continuo a soltar minhas baforadas, como se o expulsar da fumaça pudesse converter-se em expressão obscena, deleitosa.
Novamente a porta acena em gargalhadas. Ri da minha inocência fajuta. Mostra que quanto mais a bato na cara do tempo, negando suas visitas, mais permito que este invada as frestas das janelas sagradas. 

Talvez seja a hora de assumir que o profano das cordas ecoa em presenças mais reais do que eu imaginava.

Ou somente aceitar que o alívio da alma é tão quebradiço quanto imperecível. 

Tende à poeira.
Essa realidade suja dos que amam demais.

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