Poesia truncada
Palavra não quer fugir
Passa voando, desabando alucinações
E morre.
Auto-implosão por decadência
Hoje, esqueci de vestir as máscaras das múltiplas realidades
Enfiei as garras nos últimos punhados de querer e, como sempre, criei necessidades pequenas.
Preenchi-me de embaraços
Ando desvendando a estranha métrica da desilusão
Faço pouco do erro, nego as mais brilhantes barbaridades
Eu, agora, puramente estado
Aceito o acaso como meta.
Meto a vida num caos de sedução
E danço
Danço com força, presença espantosa
Pavoneio o destino com uma boa gargalhada
Invoco o inesperado com ar de palhaça e desmonto-me em lágrimas de criança
Choro de birra, se me derem um doce, logo paro!
Preciso de vento no rosto
Fiapos vermelhos molhados
Se pudesse, faria musicarquitetura cantada
Mas somente três vezes por semana
Que é pra ter tempo para os motivos
Ah! Os motivos...
São eles que destravam a poesia
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