Porque não é amor
Essa coisa pinta os olhos e usa lenços coloridos
Fuma cigarros e faz música como pode
Já não expõe as vísceras
Prefere a angústia de pés gelados
Que vagam por expressões ainda mais kitsch
Que a sua patética rotina
Porque não é verdade
È de praxe demonstrar força e desdém
Reação frente ao invisível do cotidiano
Auto-implosões dicotômicas
Mascaradas em balanço de rede
Porque não é deus
Acredita
Montando na impaciência
Que já deixada de ser escolha, corrói por baixo das unhas
As cordas do instrumento
Procura em notas aquele escasso quê
De nada ser
De nada fazer querer
De si ou de outrem
Nenhum comentário:
Postar um comentário