21.5.09

Súbito transtorno.

Acho graça na auto-castração transformada em verbo
que persiste potência,
agindo em pulsar desritmado.

Quanto maior o ato,
maior a potência.

Talvez seja útil brincar de inércia.

Queria implodir
esse acúmulo de futuros que guardo,
ou melhor,
escondo na manga (como se eu tivesse o dom da magia).

Eu tenho mesmo é cara-de-pau, disseram esses dias.
E deve ser verdade.
Porque isso é pré-requisito para cometer um ato.
Acho que cansei de agir, atuar.
Vou ficar parada por um tempo.
Vou desligar algumas coisas.
Vou tentar chorar mais.
É... Não sei mesmo parar.
O movimento sempre me engole primeiro.

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