26.12.07

desentendimento


se é por acaso o que faço,

ou o que assim não mais posso,

já nem me interessa.

que não há portas,

refúgios para uma verdade possível,

estou por desvendar.

no espaço interno procurarei os suportes,

dançarei com os nervos a acalmar os quereres.

entendimento é pura religiosidade.

pois eis que vivo na confusão

e dela tenho me alimentado.

porque ainda busco,

aquele estado intangível.

e, ainda por cima,

tenho a cara-de-pau de fingir que é por pura curiosidade.

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